O PERIGO DA OBESIDADE EM CÃES
A imagem de um cão “gordinho” como sinônimo de saúde pertence ao passado. Em muitos casos, o excesso de peso, é reflexo do carinho do dono com o seu mascote. Alguns proprietários acham fofo seu pet ser “fortinho”, outros os alimentam de maneira exagerada como forma de demonstrar seu amor ou satisfazer as vontades e pedidos do seu animalzinho. Porém esses maus hábitos, em sua maioria feitos com boas intenções, não só predispõem o mascote a diversas doenças como diminuem a expectativa de vida dele.
Aproximadamente um terço dos cães de estimação sofre com a obesidade, sendo as fêmeas mais afetadas que os machos. Cães castrados tendem a engordar com maior facilidade, por isso é importante que esses animais tenham a alimentação ainda mais equilibrada.
Dentre as raças de cães predispostas à obesidade, temos: Basset Hound, Beagle, Bichon Frisé, Cocker Spaniel Inglês e Americano, Dachshund, Dálmata, Dogue Alemão, Springer Spaniel Inglês e Galês, Golden Retriever, Labrador, Mastiff, Pug, São Bernardo, Schnauzer Miniatura, Shih Tzu e Weimaraner.
Existem inúmeras conseqüências ocasionadas pela obesidade em cães. Dentre as mais comuns, podemos listar:
• Maior risco cirúrgico e anestésico; • Maior pressão sobre o coração e órgãos abdominais; • Agravamento de doenças articulares; • Maior esforço respiratório durante o exercício; • Predisposição a diabetes; • Hipertensão arterial; • Maior probabilidade de desenvolver neoplasias gastrointestinais; • Perda de eficiência do sistema imunológico; • Problemas gastrointestinais.
É muito importante o proprietário reconhecer que o animal é obeso, e rever toda a sua maneira de alimentá-lo. Existem dicas simples para o controle e o combate à obesidade, que são:
• Conhecer o grau de sobrepeso ou obesidade do animal. • Reduzir de 20 a 40 % o valor energético da ração. • Fracionar a ração ao longo do dia (é ideal dar pequenas porções, ao invés de disponibilizar tudo de uma só vez). • Utilizar alimentos específicos para combate a obesidade. • Dispensar as guloseimas e petiscos de alimentação humana. • Estimular a ingestão de água. • Exercitar o animal regularmente. • Estabelecer um programa individualizado de emagrecimento junto com médico veterinário. • Uma vez que se encontre em forma, manter um regime de conservação (dieta de manutenção).
A origem da obesidade nem sempre é a superalimentação, estima-se que 25% dos cães obesos sofram de hipotiroidismo. Outras doenças, na maioria das vezes de caráter hormonal, também são responsáveis pelo ganho de peso excessivo.
Portanto, o mais importante a ser feito é levar seu cãozinho regularmente ao Médico Veterinário. Ele é o único profissional apto a diagnosticar alguma doença que esteja acarretando essa obesidade, e recomendar/prescrever dietas e terapias para o seu cão.